sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

CRITÉRIOS PARA INTEGRAÇÃO DOS JOVENS NA EQUIPA DE COMPETIÇÃO

Aspectos Familiares e Filosóficos:

Um aspecto determinante para a integração de um praticante na vertente competitiva é a disponibilidade e a motivação dos Pais, para acompanharem a carreira desportiva dos seus filhos. Pais com problemas de horários laborais, problemas quanto à grande distância da sua residência ou da escola em relação ao local de realização dos treinos e pouco interessados nesta vertente, condicionam à partida a integração dos seus filhos na via competitiva.
Entre outros, os Pais deverão se capacitar da necessidade de um grande dispêndio de tempo para acompanhar e transportar os filhos para os treinos e para os jogos, do dever de assiduidade e de pontualidade que deverão incutir nos seus educandos e no investimento que a Escola/Clube irá fazer na formação sócio-desportiva dos seus filhos.

Importância dos Pais na Equipa de competição:

Os Pais constituem uma base de apoio importante no desporto juvenil, pois são eles que transportam os filhos aos treinos, são os que se levantam cedo para ir levar os filhos aos jogos, são os que tratam dos equipamentos dos filhos, por vezes são os únicos espectadores presentes nos jogos, sendo em muitos casos a base do suporte logístico e financeiro de apoio ao funcionamento das equipas.
Por tudo isto, só uma estreita colaboração entre Pais, Dirigentes, Treinadores e Jogadores, no respeito integral pelas funções de cada um, através de um bom relacionamento entre todos, poderemos construir uma vivência competitiva salutar e agradável, onde todos possamos retirar os benefícios sócio-desportivos que a prática de um Jogo Desportivo Colectivo como o Futebol, nos poderá proporcionar.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Como trabalhar lateralidade com crianças de 4 a 8 anos?

Para a lateralidade, todo e qualquer exercício em que as crianças precisem utilizar o lado servirão. Existem muitas opções, nomeadamente:
- Uso de bolas variadas (no peso, tamanho, cor, etc.) utilizando mãos, pés, cabeça, joelho, coxas, ombro;
- Deslocamentos variados com a bola, formações diferentes (duplas, trios, grupos, etc.);
- A batata quente, a bola é passada para quem está ao seu lado;
- A “adoleta”, bate-se na mão da pessoa que está ao lado;
- (para crianças menores) sugiro que utilize actividades de conteste, um exemplo, quem consegue ficar do lado x da caixa e agora do outro lado.

Existem vários livros de recreação que trazem sugestões de joguinhos e brincadeiras (com e sem bola) para trabalhar lateralidade. Não vai ser difícil encontrar alguma boa sugestão.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Futebol de 7 - Sistema Táctico: 4-2

Funcionamento:
Este sistema teve a sua origem no 1-3-2-1, ao atrasar um médio centro para a linha defensivaUtiliza-se para aproveitar a afinidade com o futebol 11, especialmente em equipas de índole defensivo, ou perante equipas contrárias muito superiores.Temos, então, 1 guarda-redes, 4 defesas e 2 médios.Os dois defesas laterais, com âmbito defensivo e ofensivo, permitem dar várias soluções de jogo, sendo que os defesas centrais actuam de igual forma ao futebol 11, isto é, com grande atenção às coberturas e dando início ao jogo de ataque, com boa colocação da bola, fortes no jogo aéreo e eficazes nos desarmes.Um dos médios deverá ter funções mais defensivas e as outras funções mais ofensivas.

Vantagens:
Maior semelhança com o funcionamento táctico do futebol 11
Maior solidez defensiva.
Muitas possibilidades de sair em contra-ataque.
Obriga a equipa contrária a rematar de longe muitas vezes, pois as zonas próximas da área estão bem ocupadas e defendidas.


Desvantagens:
Necessita de um grande espírito de sacrifício tanto para defender como para atacar.
Tem de estar muito bem treinado o escalonamento ofensivo e defensivo para permitir uma boa fluidez de jogo e a incorporação dos jogadores nas zonas de remate. Existe o risco de perder a bola rapidamente e passar a maior parte do tempo a defender.


in Bragafut

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Escutar – Comunicação com Crianças e Jovens

Escutar parece fácil, no entanto, é enganosamente difícil. Más aptidões de ouvinte provocam uma ruptura no processo de comunicação. Depois de repetidos fracassos na sua intenção em fazer-se escutar, os atletas deixam de lhe falar e, por sua vez, é muito provável que deixem de o escutar.

Como melhorar as suas capacidades de ouvinte:

1- O mais importante de tudo é reconhecer a necessidade de escutar os outros;
2- Concentrar-se na escuta, que significa que deve prestar atenção total ao que se diz. Já alguém o acusou de não escutar? Ora, se ouve muitas vezes estas palavras, realmente não sabe ouvir os outros;
3- Quando escutar, averigúe o significado da mensagem em virtude de se concentrar nos detalhes. Isto é, principalmente quando estamos em desacordo, tendemos a escutar e a responder aos detalhes que podemos atacar ou refutar, perdendo assim, os pontos fundamentais da mensagem;
4- Abstenha-se de interromper os seus atletas. Por vezes interrompemos os outros porque prevemos o que vão dizer, completando deste modo o seu pensamento. A consequência é que contestamos o que pensamos a partir daquilo que nos iam dizer! Para, por vezes, mais tarde verificarmos que não era aquilo que na realidade nos queriam dizer.
5- Respeite o direito dos seus atletas a partilhar consigo os seus pontos de vista. Não é importante escutar apenas os seus medos e problemas, mas também as suas alegrias e sucessos. A sua resposta ás opiniões dos jovens é importante para formar as suas atitudes;
6- Repreenda a tendência para responder emocionalmente ao que se diz. Tente responder construtivamente (é mais fácil dizê-lo do que fazê-lo… mas afinal não acontece o mesmo para a maioria das actividades complexas?).

terça-feira, 6 de novembro de 2007

COMO ACOMPANHAR O DESPORTO DO SEU FILHO?

Dentro de um ambiente desportivo positivo, as crianças têm oportunidade para fazer novas amizades, aprender novas técnicas e desenvolver novos interesses. A qualidade do processo de ensino-aprendizagem desportiva da criança é dita por Pais e Treinadores, onde os primeiros também são parte integral da equipa.
A atenção de qualquer programa desportivo para crianças, seja ao nível competitivo ou de recreação, deve focar essencialmente a aprendizagem e o divertimento, para depois integrar o espírito competitivo e providenciar uma boa experiência desportiva para toda a vida. A preocupação sempre no processo, não no resultado.
Este capítulo está delineado para ajudar os pais que pretendem assegurar que o seu filho (a) tenha uma experiência positiva no desporto, oferecendo informação básica pertinente. Nunca se esqueça que a educação desportiva começa muito antes de chegar ao terreno de jogo, começa em casa do jovem atleta.

Como criar um ambiente desportivo positivo para o seu filho(a)...
  • Valorize o divertimento no processo de aprendizagem desportiva;
  • Construa auto-estima na criança/atleta, dando relevo aos aspectos sociais (divertimento), físicos (esforço) e técnicos (desenvolvimento) da aprendizagem, e não tanto aos resultados (vitória);
  • Reforce os valores (responsabilidade, disciplina, cooperação, honestidade e frontalidade) e valorize os princípios do fair-play (respeito pelos companheiros, adversários, treinadores, regras de jogo e árbitros);
  • Construa na criança/atleta uma identidade desportiva inserida numa equipa/grupo de trabalho - não a valorize unicamente ou sobre os outros;
  • Mostre interesse contínuo pela actividade desportiva da criança/atleta: esteja presente nos treinos, jogos e reuniões;
  • Seja um bom espectador, reforçando positivamente e encorajando o esforço da criança/atleta;
  • Seja cauteloso a discutir as aspirações desportivas, que podem produzir pressões desnecessárias;
  • Discuta as opiniões que possui sobre as opções do treinador, longe das crianças/ atletas;
  • Reforce as instruções do treinador, quando dialoga em casa com a criança sobre a prática desportiva;
  • Conteste a presença de tabaco e álcool nos eventos desportivos da criança/atleta.

Comunicar com o seu filho(a) na competição...
  • As crianças não querem ouvir que jogaram bem quando elas próprias sabem que não jogaram;
  • Não acuse os outros jogadores, treinadores ou árbitros como responsáveis pelas derrotas. Pode fazer com que a criança não assuma as suas responsabilidade, delegando-a nos companheiros de equipa ou elabore desculpas;
  • Não diga que “este jogo não é importante”, já que este poderá ser para a criança;
  • Encontre algo positivo na performance da criança e dialogue com ela os factos relacionados com a aprendizagem e comportamento desportivo (seja realista!). Assegure que realiza algumas questões:

- Como te sentes acerca do que se passou no jogo?
- O que é que gostaste mais e menos no jogo?
- Divertiste-te no jogo?
- O que é que o Treinador te disse acerca do jogo?
- O que achas da tua exibição de hoje no jogo?

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Credibilidade – Comunicação com Crianças e Jovens

O êxito como Treinador depende, em grande medida, da sua capacidade para comunicar efectivamente em variadas situações (e.g. quando pretende dar uma instrução, quando os pais dizem que os seus filhos não jogam tempo suficiente). Será focado uma das várias vertentes fundamentais da comunicação:

Credibilidade:

Tente lembrar-se de alguém seu conhecido que não mereça credibilidade, um companheiro de trabalho, um politico, etc. Provavelmente não lhe oferece crédito a nada que essa pessoa diz.
Porquê?

Provavelmente por alguma das seguintes razões:

1- Pensa que essa pessoa não sabe o que diz;
2- Habitualmente, nada o que ela diz tem sentido ou importância;
3- Deturpam com frequência os factos ou simplesmente mentem, e portanto deposita pouca confiança nessa pessoa;
4- Fala constantemente com um enfoque negativo;
5- Fala-lhe como se fosse estúpido ou menos importante que ele.

A credibilidade pode ser o factor mais importante para comunicar com os atletas. A credibilidade da comunicação irá reflectir-se no comportamento dos atletas sobre a veracidade do que disse.
Quando se treina jovens, eles normalmente aceitam a sua credibilidade porque desempenha o prestigioso papel de Treinador. No futuro, no entanto, é de sua responsabilidade optimizar a credibilidade mediante os seguintes pontos:

1- Ser um Treinador cooperador com os atletas;
2- Ser um conhecedor do desporto que treina, ou pelo menos, ser suficientemente honesto acerca do conhecimento que possui;
3- Ser fiável, claro e coerente na interacção com os seus atletas;
4- Irradiar cordialidade, amizade, aceitação e empatia perante os atletas e seus responsáveis educativos;
5- Ser dinâmico, espontâneo e aberto;Utilizar uma abordagem positiva;

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Colóquio "Formar para Vencer"

O Clube de Futebol União de Coimbra com a finalidade de poder propiciar conhecimentos técnicos e científicos aos profissionais com a finalidade de optimizar o seu desempenho nas actividades em nível desportivo, vai organizar o Colóquio "Formar para Vencer", no dia 3 de Novembro próximo pelas 14 horas.
Se desejar saber mais informações ou inscrever-se:

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Futebol de 7 - Sistema Táctico: 3-3

Funcionamento:
A distribuição mais normal deste sistema corresponde a 1 guarda-redes, 3 defesas e 3 avançados. Existem dois defesas laterais, podendo ter características ofensivas e defensivas, dependendo do nível físico-técnico-táctico dos alunos. Existe 1 defesa central, que actua livre de marcação para facilitar as coberturas dos seus laterais. Os avançados são dois extremos encostados às linhas, com boa velocidade, boa capacidade de centrar na área e boa capacidade de finalização dos ataques. O avançado centro de grande mobilidade na área e muita capacidade de remate.

Vantagens:
Fácil e claro para explicar e desenvolver as funções de cada jogador
Favorece a amplitude e profundidade do jogo ofensivo da equipa
Potencia a realização de acções 1 para 1 nos avançados devido à grande distância que existe entre os colegas da equipa.
Atitude mais agressiva para recuperar a bola no início do ataque da equipa rival, pois os nossos três avançados estão situados muito próximo dos defensores contrários.

Desvantagens:
Excessiva separação entre linhas e entre colegas, em ataque, favorecendo a possibilidade do contra-ataque dos adversários.
Pouco escalonamento ofensivo, que provoca um jogo fácil de defender pelo adversário quando não se ganham as situações de 1 para 1.
.
in Bragafut

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Quais são os objectivos dos educadores/treinadores de Futebol de jovens?

Os treinadores dos escalões de formação, têm como principal objectivo, contribuir para uma formação adequada dos jovens, mas incentivando sempre o desejo e o gosto pela vitória, já que desejar vencer é uma ambição de qualquer ser humano. Não se trata, contudo, de vencer a todo o custo, pondo em causa a formação dos jovens jogadores.

Objectivos específicos dos educadores/treinadores de jovens:

- Conhecer bem os jovens que treina, bem como as características das suas diferentes fases de desenvolvimento;

- Contribuir para o desenvolvimento das capacidades específicas (físicas, táctico-técnicas e psíquicas) do Futebol, de acordo com as capacidades e as necessidades dos jovens;

- Contribuir para a formação geral e integral do cidadão comum;

- Promover o gosto e o hábito pela prática desportiva, proporcionando prazer e alegria nos jovens praticantes, através das actividades a desenvolver;

- Dirigir as expectativas dos jovens e dois seus familiares de uma forma realista;

- Dirigir as suas acções, valorizando fundamentalmente o esforço e o progresso na aprendizagem, colocando em primeiro lugar os interesses dos atletas e só depois as vitórias da equipa.

Segundo Papaioannou (1995), a adopção de um ambiente muito orientado para aprendizagem e pouco orientado para o rendimento é o mais adequado para crianças e jovens, tendo em vista a maximização da motivação e da realização de todas as suas capacidades.

in O Ensino do Futebol 7 – Um jogo de iniciação ao futebol de 11

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Os “Melhores” treinadores de Futebol deveriam estar a treinar os mais jovens?

Esta é uma questão que, com alguma frequência, se coloca quando abordamos o treino com jovens.

Será necessariamente difícil de esclarecer, qual o conceito de “melhor treinador”, para treinar crianças e jovens. Serão estes treinadores os mais populares ou os mais reconhecidos? Ou aqueles que ganharam os últimos campeonatos nacionais da 1ª divisão de Seniores?

Treinar jovens não é o mesmo que treinar adultos. Para treinar jovens, é necessário ter motivação, e ser capaz de estabelecer uma boa relação com os jovens, e conhecer os métodos e os meios mais adequados para o seu desenvolvimento.
Será que o treinador dos seniores teria motivação, empenho e paciência para treinar os Infantis? Será que alcançaria os êxitos desejados com os mais jovens? Será que os clubes estariam dispostos a pagar mensalmente ao treinador dos Infantis aquilo que ele aufere como treinador dos Seniores?
Fazendo uma análise comparativa entre o ensino do Futebol e a formação académica do cidadão comum, poderemos questionar: os professores catedráticos que leccionam nas universidades, é que deveriam estar a dar aulas nas escolas do ensino básico?

Deveremos ser realistas e evitar situações desajustadas, que só viriam perturbar o desenvolvimento do Futebol Infanto-Juvenil.
Os educadores/treinadores dos escalões de formação, terão de ser pessoas qualificadas, habilitadas a treinar jovens, com conhecimento sobre as suas características e os métodos mais adequados para o seu desenvolvimento, que gostem e saibam lidar com os jovens e que sejam devidamente reconhecidos e recompensados pelo desempenho das suas funções.
Porém, a realidade do Futebol Português, é que não são reconhecidas as capacidades dos treinadores que trabalham nos escalões de formação, por mais competentes que estes sejam, originando que se não passarem para o Futebol profissional, nunca irão ser reconhecidos do ponto de vista profissional, social e económico.

Para Rui Caçador (1998), qualquer treinador de Seniores, ganha mais como prémio de jogo, do que o vencimento do melhor treinador da formação, o que leva a que actualmente, todo o treinador que treina os Juniores, esteja a pensar em ir treinar os escalões Seniores.

in O Ensino do Futebol 7 – Um jogo de iniciação ao futebol de 11

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Principais acções táctico-técnicas a desenvolver

Para uma melhor compreensão das acções táctico-técnicas a adoptar no ensino do Futebol de 7, importa definir os seguintes conceitos:

Acções táctico-técnicas

Podem ser definidas como o conjunto das acções individuais e colectivas dos jogadores de uma equipa, devidamente seleccionadas, organizadas e coordenadas de acordo com um modelo de jogo adoptado, com vista à sua utilização racional e oportuna no jogo e com o objectivo da obtenção da vitória (adoptado de Teodorescu, 1984).

Táctica individual

Existem opiniões divergentes acerca do conceito de táctica individual, sendo por muitos confundido com conceito de técnica individual.
Em nosso entender, o conceito das acções técnicas, como, por exemplo, o passe ou a recepção, não fazem muito sentido quando tratadas de uma forma abstracta e isolada, mas sim quando inseridas num modelo de jogo, constituindo-se como acções tácticas individuais. Vamos tomar como exemplo o treino efectuado por duas equipas:

Uma equipa tem como método de jogo ofensivo do seu modelo de jogo o contra-ataque, adoptando no treino situações em que predominem o passe longo.

Uma segunda equipa tem como método de jogo ofensivo do seu modelo de jogo, o ataque organizado (ou planeado), onde há predomínio do passe curto e de uma boa segurança de jogo.

Podemos concluir que ambas as equipas treinam o mesmo tema – O PASSE, no entanto, acabam por treinar situações totalmente distintas uma da outra, já que o treino do passe é totalmente condicionado pelo modelo de jogo adoptado por cada uma das equipas.

Assim:
Táctica Individual – É o conjunto das acções individuais, com ou sem bola, realizadas por um jogador, de acordo com o modelo de jogo adoptado pela sua equipa, no sentido de perseguir os objectivos do jogo, quer na fase de ataque quer na fase de defesa.

Táctica Colectiva

São todas as acções colectivas dos jogadores de uma equipa que, intimamente ligadas ao modelo de jogo adoptado por essa equipa, visam a sua eficaz utilização no jogo, com o objectivo da obtenção da vitória.

in O Ensino do Futebol 7 – Um jogo de iniciação ao futebol de 11

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A importância da Psicologia no Desporto

O contexto desportivo, hoje em dia, obriga a uma cada vez maior especialização, tanto ao nível dos praticantes, como dos recursos humanos envolventes. A perspectiva do desporto como mais um elemento do quotidiano desapareceu. O desporto., tal como outras áreas (e.g. empresarial, cultural, social), entrou na era da cientificidade. Ou seja, tudo aquilo que se perspective como ideal para optimização do rendimento e bem-estar poderá ser aplicado ao desporto.

O treinador de futebol Jozef Venglos, acerca de 20 anos, afirmou que “o futebol caminha para a dimensão psicológica, para a inteligência”. Segundo ele, todas as outras dimensões, a técnica, física e táctica tinham pouco mais a oferecer ao rendimento no futebol. Realmente, parece inegável que os treinadores, de uma forma ou de outra, dominam estas dimensões. Aliás, após um jogo é fácil ouvir-se nas discussões de café sobre aquele jogador que “dominou bem a bola com a parte interior do pé” – técnica – que “estava muito bem fisicamente” – física – ou que “fez um bom movimento ao segundo poste para o companheiro aparecer no primeiro para finalizar” – táctica.

Em concordância com isto, verificamos que, após um jogo, também é comum ouvir o treinador dizer que “sofremos um golo por falta de concentração”, ou antes do jogo que “teremos que ter confiança para ganhar”, que “estamos motivados”, etc. etc.

Coloco aqui duas questões (na formação desportiva de jovens) para saber as vossas opiniões:

Será que poderemos exigir a um jogador concentração se nunca a treinou?
As competências psicológicas podem ser treinadas? Em que circunstâncias?

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Escola de Formação - Geração Benfica

O Sport Lisboa e Benfica através do seu projecto Geração Benfica vai inaugurar no próximo dia 15 de Setembro pelas 10h a sua Escola de Futebol em Paramos – Espinho.
A Escola conta com uma pessoa que é a responsável pela área de Markting e Gestão da Escola, e com dois treinadores, formados em Educação Física e Desporto, pelo Instituto Superior da Maia (ISMAI).
O complexo onde vão decorrer os treinos, possui um relvado sintético, dois balneários e iluminação. Contempla ainda, uma grande área de estacionamento.
O treino será feito através da metodologia dada pelo próprio Sport Lisboa e Benfica.


Consulte toda a informação em: http://geracaoslbespinho.blogspot.com/

terça-feira, 21 de agosto de 2007

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO PARA A CRIANÇA

A criança que habitualmente prática actividade física obtém:

- Aumento de habilidades para satisfação da demanda de actividades do dia-a-dia;
- Melhoria de habilidades motoras;
- Redução de lesões;
- Redução de condições para desenvolvimento de doenças crónicas futuras ligadas ao sedentarismo;
- Melhoria da Auto-Estima;
- Melhoria do Senso de Responsabilidade e Grupo;
- Melhoria da Auto-Confiança;
- Melhoria da Adaptação Social;
- Melhoria de Expressão Pessoal e Liberdade;
- Um maior desenvolvimento Espaço-Temporal.


Os pais geralmente perguntam-se quando colocar um filho a praticar certa actividade física ou desporto ou qual delas escolher. É importante sabermos e ficarmos atentos para isso, pois devemos acima de tudo, respeitar não só o gosto pessoal mas a idade de desenvolvimento de nosso filho.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

PREVENÇÃO DA LESÃO DESPORTIVA EM CRIANÇAS: ORIENTAÇÃO PARA OS PAIS.

As lesões associadas à prática desportiva de crianças e jovens têm vindo a ter um acréscimo acentuado, e se forem ignoradas, poderão apresentar-se problemas médicos graves ao longo da vida.
Esta fase parece ser oportuna na educação para a prevenção de lesões desportivas na prática da modalidade que milhares de crianças e jovens elegem, aquando, após as férias, iniciam e/ou reiniciam a sua prática desportiva regular.

Ignorar a dor significa aumentar a dor:

O maior perigo está na criança que, por querer jogar e praticar a modalidade que ela adora, mascara o verdadeiro problema, não comunicando com o treinador ou com os pais, acerca da dor que sente. Especialmente, em crianças dos 9 aos 14 anos de idade.
Algumas lesões, se não descortinadas a tempo, poderão afectar o normal crescimento ósseo e ligamentar. Causando dificuldades em idades mais avançadas.

A componente social como factor de pressão:

Segundo a Campanha Nacional de Segurança Infantil (NSKC), nos Estados Unidos, cerca de 3,5 milhões de crianças até aos 14 anos são alvo de atenção médica e lesões da prática desportiva.
Alguns factores parecem estar associados para este número elevado. Cada vez mais, os pais são alertados acerca da inactividade e obesidade dos seus filhos, colocando-os, imediatamente, em desportos organizados e competitivos. Este facto, apresenta uma preocupação legítima quando falamos de crianças que nunca tiveram uma prática desportiva regular e que, sendo colocados numa actividade competitiva, colocarão os sues objectivos na vitória em virtude do prazer e divertimento pela prática.
As crianças, especialmente aquelas que iniciam a sua prática desportiva em ambientes e contextos que perspectivam a vitória como o principal objectivo, tornam-se, por vezes, patologicamente competitivas, descorando outros pontos de desenvolvimento e, inclusive, apresentam uma maior aptidão para jogarem ou treinarem lesionados, já que elas não querem perder o lugar na equipa ou perder a oportunidade de jogarem no próximo jogo.
Como qualquer modalidade, a prática do futebol também é susceptível de lesões. Aqui, as mais vulgares são as lesões ligamentares nas zonas dos joelhos e nos tornozelos, bem como, as lesões musculares nas faces anteriores e posteriores da coxa.

Como ajudar a prevenir as lesões:

Os pais podem ajudar os filhos a prevenir lesões na prática desportiva tomando as seguintes precauções:

1 – Incentivar a utilização de equipamento protector em jogos e treinos (e.g. caneleiras);
2 – Aplicar calçado ideal, dependendo do piso de jogo (e.g. para piso sintético, o ideal para crianças é a utilização de sapatilhas com sola repleta de pequenas proeminências, que facilitam o equilíbrio e o atrito necessário; não incentivar a utilização de pitons de metal ou osso; verificar se os pitons têm uma distribuição equitativa sobre a superfície da sola;
3 – Verificar se os treinos apresentam esta sequência: aquecimento (exercícios de activação), prática (exercícios específicos à modalidade) e relaxamento (exercícios de alongamento, desactivação e retorno à calma);
4 – Verificar se no clube ou associação há uma preocupação em adaptar as formas e exercícios didácticos da modalidade à idade das crianças;
5 – Realizar análises e check-ups médicos no inicio de cada época desportiva e, pelo menos, uma vez durante a época desportiva;
6 – Estar atento se existe uma prática contrafeita da modalidade devido a pressões sociais (e.g. por competitividade extrema, porque os amigos praticam, porque quer emagrecer rapidamente);
7 – Na prática a temperaturas elevadas: fazer com que estejam hidratados e utilizem protector solar;
8 – Verificar se o terreno de jogo está em condições ideias para a prática da modalidade por parte das crianças, se não apresenta pedras ou outros objectos alheios.

in APEF

segunda-feira, 30 de julho de 2007

TREINO DA TÉCNICA DESPORTIVA

A técnica desportiva é definida como o domínio completo das estruturas motoras económicas de exercícios desportivos, considerando o resultado máximo a ser atingido nas mais difíceis condições da competição.
Uma técnica defeituosa impedirá que o atleta coloque suas potencialidades físicas (força, flexibilidade, resistência, etc.) crescentes a serviço de uma "performance"específica superior.
A técnica não tem a mesma importância em todos os desportos. Portanto, o aperfeiçoamento técnico deve receber em cada modalidade uma aplicação diferente. O caminho para a perfeição técnica no desporto é definido em primeiro lugar pelo nível inicial da técnica e pelas experiências motoras adquiridas. Os desportistas com melhor treino em coordenação aprendem mais depressa a execução tecnicamente correcta do que outros que possuem um repertório de movimentos menor e uma base coordenativa restrita. Portanto, é muito importante o trabalho precoce no sentido de ampliar o repertório de movimentos e aperfeiçoar as técnicas básicas de execução dos mesmos.

Para explicar o processo da aprendizagem, há que se entender as bases psicológicas e neurofisiológicas da aprendizagem de movimentos. Só assim, poderemos entender como o atleta passa do estado de não saber ao estado de realização de certo movimento.
Para que um acto motor seja aprendido por um indivíduo, ocorre a divisão desse processo em três fases:

- Fase pré- motora: preparação do acto por estabelecimento de um programa motor (visualização do acto).
- Fase motora: realização de programas motores. Aqui o atleta vivência e experimenta o que antes só havia na sua mente.
- Fase pós-motora: apreciação do movimento; o atleta julga se o que fez pareceu ou não com aquilo que lhe foi ensinado. Caso encontre falhas no seu movimento, poderá então estabelecer um novo processo motor.

O Professor/Treinador poderá corrigir o gesto motor do atleta durante ou após a execução do movimento.
Há que se repetir o gesto motor desejado constantemente, pois a aprendizagem motora ou a técnica nada mais é do que o condicionamento das ligações sinápticas que induzem os sistemas neuronais a uma nova textura, específica para aquele movimento.
O elogio e a censura, o stress de aprendizagem e a atenção aparecem como reforçadores tanto positivos como negativos da aprendizagem motora, portanto técnica; daí a sua importância. Esses elementos influenciam, pela estimulação ou inibição, o desenvolvimento dos processos de síntese feito pelo sistema nervoso do atleta. Portanto, o elogio e a censura devem ser factores de grande preocupação por parte dos treinadores uma vez que usando-os, de uma ou outra forma, ocorrerão modificações nas fórmulas bioquímicas do organismo do atleta, fazendo com que ele assuma determinado tipo de comportamento.
O Treinador deve, logo no início do trabalho com aquele atleta, instrui-lo a executar a técnica do movimento mais eficaz e económica na realização daquela tarefa, para, mais tarde, permitir os ajustes pessoais de estilo de cada atleta. Nesse ponto, o Treinador passa a corrigir o atleta baseando-se na sua técnica individual.
Para que sejam possíveis correcções motoras precisas, deve-se utilizar mecanismos de controlo como filmes, fotos e vídeos.
O processo de aprendizagem técnica deve prosseguir sem muitas pausas prolongadas entre as unidades de treino, senão a eficácia do treino poderá diminuir. O treino técnico deve ser feito em estado repousado; a quantidade das repetições de exercício deve adaptar-se às bases condicionais e à capacidade de concentração; um sistema nervoso central cansado não permite uma concentração ideal.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

DESCULPE, O SEU FILHO PRATICA DESPORTO?

Sabemos que estão dispostos a fazer tudo pelo bem-estar dos vossos filhos.
Sabemos também que costumam acompanhar a actividade desportiva que eles realizam e que gostam de lhes proporcionar uma experiência agradável, de os encontrar satisfeitos depois dos treinos e das competições, de os ver obter resultados acima da média e ganhar as provas ou os jogos em que participam.

Pois bem! Gostaríamos de recordar que o vosso comportamento e a maneira como os acompanham na prática desportiva quotidiana que eles realizam, vai condicionar os efeitos dessa presença, podendo mesmo, sem querer, estar a minimizar os potenciais efeitos positivos que o desporto lhes pode trazer, transformando-os em influências desagradáveis, ou mesmo prejudiciais, para a sua correcta formação.

É certo que não estão sozinhos nessa responsabilidade treinadores, dirigentes, árbitros, amigos e adeptos em geral, cada um à sua maneira e de acordo com a sua área de intervenção compartilham desse dever, que é tanto social como desportivo. Treinador, pai e jovem praticante formam mesmo o triângulo básico deste tipo de prática, sendo o correcto relacionamento que se estabelece entre eles, um argumento determinante para a qualidade da experiência vivida e para o tipo de benefícios que o desporto lhes proporciona.

A dimensão destes benefícios passa, em certa medida, pela forma como os pais o acompanham, pela maneira serena e comedida como o ajudam a viver o seu dia a dia, pelo modo como colaboram nos momentos de alegria e de tristeza que eles, certamente, irão encontrar.

Nestas circunstâncias, de que maneira é que os pais podem contribuir para que os seus filhos vivam momentos agradáveis quando praticam desporto, beneficiando de tudo aquilo o que essa actividade lhes pode proporcionar, para a sua formação tanto como praticante, como enquanto futuro cidadão adulto?


O que os pais DEVEM FAZER para ajudar os filhos que praticam desporto:

. Estar presentes nas competições em que eles participam;
. Encorajá-los a respeitarem as regras da modalidade e do espírito desportivo;
. Dar bons exemplos através de um relacionamento amigável com os pais e os acompanhantes dos adversários;
. Realçar sempre o prazer de fazer desporto e a alegria de participar;
. Elogiar o esforço realizado e os progressos conseguidos;
. Aplaudir todas as boas jogadas e as marcas alcançadas, independentemente de que as realiza;
. Ajudar a conciliar as suas actividades escolares e desportivas;
. Apoiar e acompanhar a actividade, sem pressionar ou intrometer-se;
. Ter sempre presente que se trata de uma actividade dos jovens e para jovens;
. Ajudar o treinador, o dirigente e o clube na resolução dos problemas relacionados com a actividade desportiva em que está envolvido;
. Ter um comportamento respeitador e comedido perante as vitórias e as derrotas e ajudar os filhos a assumirem semelhante atitude.


O que os pais NÃO DEVEM FAZER para ajudar os filhos que praticam desporto:

. Forçar os filhos a participarem em qualquer actividade desportiva;
. Discutir com os árbitros e juízes;
. Comentar publicamente, de forma depreciativa o comportamento de praticantes, treinadores, árbitros e outros pais;
. Interferir de algum modo no trabalho do treinador;
. Criticar excessivamente os resultados alcançados pelos filhos;
. Ajudar a criar expectativas exageradas sobre o futuro dos filhos enquanto futuros praticantes desportivos;
. Alimentar. Com elogios fáceis o aparecimento de atitudes de vaidade e de sobranceria;
. Proibir a pratica desportiva, como forma de castigo, em particular face aos maus resultados escolares.

in IDP

terça-feira, 17 de julho de 2007

Futebol de 7 - Sistema Táctico: 3-1-2

Funcionamento:
Este sistema teve a sua origem no 1-3-3. O objectivo principal é repartir melhor o espaço, atrasando a posição de um dos avançados até ao meio campo, equilibrando a linha defensiva com a ofensiva.Assim, temos 3 defesas, 1 médio centro e 2 avançados. Existem dois defesas laterais, podendo ter características ofensivas e defensivas, dependendo do nível físico-técnico-táctico dos alunos. O defesa central actua com grande sentido das coberturas, e dando início ao jogo de ataque.Temos então, uma linha nova, ocupada pelo médio centro, com capacidade para gerar o jogo ofensivo, bem posicionado, destacando-se por ser um bom distribuidor em curto ou largo, bom remate, facilidade de chegar à área e espírito de sacrifício para defender.Os dois avançados terão de possuir grande mobilidade, facilidade de desmarcação, velocidade e alto nível de remate. Devem também colaborar no jogo defensivo de forma a dificultar o início do ataque adversário através da pressão sobre a bola.

Vantagens:
Distribuição mais racional do espaço de jogo, permitindo um melhor escalonamento dos jogadores.
Redução das distâncias entre linhas de jogo e entre colegas de equipa.

Desvantagens:
Jogo excessivo pelo centro do terreno pois não dispõe de laterais com sentido ofensivo.
O médio centro tem demasiado terreno a ocupar.
Exige um trabalho táctico maior para coordenar as acções colectivas, na componente ofensiva e defensiva.

in Bragafut

quinta-feira, 5 de julho de 2007

14º Aveiro Cup'2007

Torneio Internacional de Futebol Juvenil

A bola começou a rolar, actualize-se e saiba por dentro tudo sobre um dos maiores torneios realizados em Portugal que decorre entre 04 e 08 de Julho, na cidade de Aveiro.
O “Aveiro Cup” é uma organização da Associação Desportiva de Taboeira com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro e da Região de Turismo da Rota da Luz.

Resultados actualizados e todas as informações em: http://www.aveirocup.com/

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Por onde começar a ensinar?

Um dos principais problemas que se colocam aos treinadores ao iniciarem o processo de ensino/aprendizagem com uma equipa de jovens futebolistas é “Por onde começar a ensinar?”
Antes de iniciar o processo de ensino/aprendizagem, o treinador deverá ter em consideração qual o enquadramento em que se deverá basear o ensino do Futebol nos primeiros anos de formação.
A iniciação ao jogo e o despertar do interesse e do gosto pelo Futebol é a principal função que o treinador deverá ter para com os jovens principiantes fundamentalmente entre os 6-8 anos de idade, dentro do seguinte enquadramento:

- Não deverá haver selecção de jogadores;
- Dever-se-á proporcionar a todos as mesmas oportunidades de treinar e de jogar;
- Não deverá haver a realização de campeonatos mas sim convívios desportivos;
- O Futebol deverá ser entendido como uma festa, onde a maior felicidade dos jovens é a de terem a oportunidade de poderem jogar todos juntos.

Partindo deste pressuposto, o treinador deverá então proceder a uma planificação da sua época desportiva, recolhendo o maior número de dados possíveis acerca do grupo/equipa que irá ensinar/treinar, definindo os objectivos pretendidos e elaborando um programa que irá servir de guião e de aconselhamento ao treinador ao longo de todo o processo de ensino/aprendizagem.

O treinador deverá então recolher, entre outros, os seguintes dados que lhe irão ser indispensáveis para a elaboração da sua época desportiva:

. Dados relativos ao clube (localização, passado histórico, tradições, ambições…)
. Condições de trabalho (locais de treino, horários, material, apoio humano…)
. Características gerais dos jovens do seu escalão etário (fisiológicas, psíquicas, táctico-técnicas…)
. Caracterização individual dos atletas (dados biográficos, local de habitação, horário escolar, meio de transporte utilizado, assiduidade, avaliação desportiva, rendimento escolar…)
. Objectivos de formação (nos planos afectivo e social) e de preparação (nos planos psico-motor táctico-técnico…)
. Número e tipo de competições a participar
. Programa anual/plurianual (etapas de ensino do futebol)
. Exercícios dominantes a utilizarem (situações de ensino/aprendizagem)
. Plano de unidade de treino (objectivos, material, conteúdos, duração, número de sessões semanais…)

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Equipamento

O eterno encanto e a popularidade internacional do futebol devem muito ao facto de este ser um desporto que não faz discriminações de carácter económico. Não são necessários, roupa e equipamentos dispendiosos e vastas áreas de terreno, para desfrutar do jogo. Basta uma bola, balizas rudimentares e alguns jogadores entusiastas para participar no desporto favorito do mundo.

Compras económicas:
Para que as crianças possam jogar futebol, os seus pais têm apenas de investir em dois itens de equipamento (três, no caso do guarda-redes), mas estes não têm, necessariamente, de ser dispendiosos. Existe sempre equipamento económico disponível para o comprador consciente, desde que não ponha objecções a usar calçado publicitado por um ídolo em declínio, ou caneleiras da cor usada na época anterior.

Moda e Calçado:
O calçado constitui o item mais importante do equipamento de um jogador de futebol e pode custar uma fortuna, embora este não tenha de ser necessariamente o caso. Recentemente, a linha que divide moda e calçado tem vindo a esbater-se, pelo que não é de surpreender que as crianças se tenham tornado extremamente sensíveis às marcas das botas de futebol.
Logicamente sabemos que não importa que um jogador de onze anos calce botas económicas ou um par de último modelo, publicitado pelo Cristiano Ronaldo, de cores garridas. Contudo, nem sempre a lógica prevalece e existem outros factores a considerar.
A confiança de uma criança pode ser uma coisa frágil e, enquanto que algumas não se importam com o número de riscas das suas botas, outras são afectadas pela marca que usam e pelo estatuto que o seu calçado lhes confere. Em última análise, compete aos pais decidir qual o tipo de botas que devem comprar para os seus filhos, consoante o seu orçamento, o que consideram apropriado e os desejos do atleta.

Tamanho da bola:
Muitos treinadores e professores não se apercebem que não existe nenhum benefício em tentar que as crianças pontapeiem uma bola pesada, de tamanho 5, uma vez que estas normalmente falham. Uma bola de treino de tamanho 3 é ideal para a maior parte dos exercícios de treino aplicados em minis, enquanto que uma bola de tamanho 4 é adequada para jogos de crianças entre os sete e os doze anos.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Perfil do "Treinador Consciente"

Um treinador deve obedecer a certos princípios, sendo um dos mais importantes o sentido de responsabilidade. Deve-se salvaguardar que um treinador deverá ter titulação reconhecida, evitando entregar o comando de uma equipa em formação a treinadores "furtivos", ainda que sejam engenheiros ou médicos, porque poderá acontecer que, ao contrário de ajudar, estejam a prejudicar o futuro desportista.
Até agora, o atleta foi sempre o objecto da valorização, pois toda a investigação lhe esteve direccionada, e melhorou de tal modo que cada vez se conhece melhor os atletas e mais os podemos ajudar. É neste ponto, "ajudar", que surgiram nos últimos tempos dúvidas sobre se o treinador é o adequado, ou tem conhecimentos suficientes para formar os atletas, isto é, conhecer o nível do treinador e saber até onde pode chegar.
Certamente que algumas pessoas, que não têm qualquer titulação desportiva, se escondem atrás dos resultados dos atletas para não aumentar a sua formação ou nível, nem realizar os cursos de treinador. Mas isto leva-nos a colocar uma questão: Não ajudariam mais os atletas aumentando os seus conhecimentos? É óbvio que quanto mais "saibamos", maior será a ajuda que poderemos dar aos nossos atletas.
A formação contínua é uma obrigação a ter em conta. A auto-actualização deve ser um conceito presente na mentalidade de todos. Deve-se evitar que um treinador se "congele" nos seus logros. É sempre bom ter uma teoria geral segura, e solidamente assente numa base científica, que poderá servir de guia no processo de treino, mas deve sempre haver uma reciclagem contínua dos conhecimentos, bem como ser permeável a novas teorias. A frequência a Cursos, Congressos, Colóquios, etc., são elementos formativos que aumentam o repertório e a base de conhecimentos de qualquer treinador.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Bola nº 4 vs Bola nº 5

Razões para o uso da bola nº 4 em vez da bola nº 5 para atletas entre 8 e 13 anos.
  • Não danifica a cápsula articular das articulações no momento do impacto do pé com a bola;
  • Evita os ferimentos na parte cervical;
  • Evita possíveis traumatismos por impactos causados através de “boladas” num corpo frágil como o de um jovem, como por exemplo quando defende um livre numa barreira;
  • Favorece o desenvolvimento da criatividade, da fantasia e da imaginação do jovem jogador;
  • Dá mais alegria ao jogo, e evita o medo do jogador em algumas situações do jogo;
  • Aumenta consideravelmente a motivação (entre outras coisas, porque mais objectivos são marcados). ÁREA DO DESENVOLVIMENTO DE COMPORTAMENTOS TÁCTICOS;
  • Dissolve melhor os frequentes aglomerados de jogadores em redor da bola;
  • Melhora as capacidades dos perceptivos de todos os jogadores, porque o seu peso mais leve permite que todos participem em todo o momento no jogo em campo reduzido;
  • Melhora o jogo sem bola, porque são mais os jogadores que podem ser alcançados sobre o portador da mesma e participa mental e fisicamente no jogo. Assim, o atleta aprende a posicionar-se melhor no campo e não se concentrar em volta da bola;
  • Melhora a dinâmica do jogo, garantindo uma maior percentagem de jogo e fácil circulação de bola. Assim, os parâmetros do tempo e do espaço aproximam-se mais ao jogo dos adultos;
  • Permite a realização de fáceis mudanças de direcção no jogo;
  • Facilita a aplicação das instruções tácticas no ataque, como a largura e a profundidade. ÁREA DA EXECUÇÃO DE GESTOS TÉCNICOS;
  • Facilita a execução dos gestos técnicos (durante a condução, drible, passe, desarme, remate, e controlo de bola). Os movimentos ocorrem de uma forma mais natural;
  • Aumenta a velocidade da execução dos gestos técnicos, que é traduzida em menos erros e em mais objectivos;
  • Facilita e incentiva ao jogo aéreo;
  • Obedece melhor as ordens do atleta, cujo o tamanho do pé se adapta ao peso e à circunferência menor da bola. O jovem tem uma sensibilidade maior com esta bola;
  • Exige mais capacidades de habilidade e coordenativas do que forças explosivas;
  • Favorece o desenvolvimento da lateralidade (uso mais frequente do pé menos capaz).

Torneios Futebol de 7

IV TORNEIO CIDADE DE OLIVEIRA DO BAIRRO - Taça Levira

Vai realizar-se, entre 16 e 17 de Junho 2007 em Oliveira do Bairro o IV TORNEIO CIDADE DE OLIVEIRA DO BAIRRO - Taça Levira

Para outras informações: http://ivtorneio.home.sapo.pt/

II- Torneio Internacional Vila de Fermentelos

Vai realizar-se, entre 22, 23 e 24 de Junho 2007 em Fermentelos o II- Torneio Internacional Vila de Fermentelos

Para outras informações: http://www.scfermentelos.pt/

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Convívio entre Mini Foot e SC Beira-Mar

A Escola de Futebol Mini Foot e os pré-escolas do SC Beira-Mar vão realizar um convívio no próximo Sábado dia 26 de Maio pelas 10H00 no Estádio Mário Duarte em Aveiro para atletas nascidos em 1999 / 2000 e 2001.
Um excelente iniciativa entre dois clubes que se dedicam escrupulosamente à formação de jovens atletas.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Alongamento muscular, uma actividade importante.

O alongamento é uma forma terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de estruturas moles de tecidos, os chamados músculos encurtados, e desse modo permitir a extensão da amplitude do movimento. Só para exemplificar, repare nos animais domésticos, especialmente cães e gatos: sempre que se levantam, depois de um período de repouso, esticam-se demoradamente antes de se começarem a movimentar.
Antes da prática da actividade desportiva, seja ela qual for, - e também ao seu término -, os alongamentos são necessários para preparar a musculatura para um melhor desempenho físico ou para distribuir o sangue de maneira mais uniforme no tecido muscular. Esses exercícios proporcionam uma maior flexibilidade articular na execução dos movimentos.
Na prevenção de lesões musculares - como a contratura e a distensão - o alongamento é parte obrigatória da rotina entre os atletas profissionais, amadores e iniciantes no futebol.

Para os jovens desportistas o condicionamento e a regularidade desta prática trazem a estes importantes benefícios. Tais como:

· Aumento da flexibilidade do corpo em geral.
· Prevenção no risco de lesões antes da prática desportiva.
· Prevenção de contraturas irreversíveis.
· Recuperação com maior rapidez da amplitude do movimento normal das articulações.
· Preparação do corpo para o esforço, evitando riscos aos músculos esqueléticos, tendões e articulações.
· Após a actividade física, alguns alongamentos recuperam os músculos mais exigidos e cansados e já preparam a musculatura para a próxima actividade.

Cuidados no alongamento:
· Para quem não está acostumado, é preciso começar com cautela e de maneira progressiva. Mas alongue sempre no início de cada actividade física.
· Excesso de carga nos alongamentos pode, em vez de prevenir, prejudicar.
· Na execução do movimento alongado, observe a postura corporal.
· Para regiões muito específicas, é necessária a orientação de um fisioterapeuta.

Atenções:
· Dores musculares, lombares e tensões musculares podem ser diminuídas com alongamentos, principalmente após os jogos, as actividades mais intensas e as brincadeiras.
· Os alongamentos, na medida em que relaxam, podem regular as actividades do corpo.

Sensação de corpo relaxado:
· Relaxamento, este é a primeira sensação após uma série de exercícios de alongamento.
· Facilidade na movimentação motora.
· Desenvolvimento da consciência corporal. No alongamento, várias partes do seu corpo são focadas e você consegue entrar em contacto com elas.
· Auxilia na liberação dos movimentos bloqueados por tensões emocionais.
· Melhora e activa a circulação.

14º Aveiro Cup'2007

Torneio Internacional de Futebol Juvenil

Vai realizar-se, entre 04 e 08 de Julho, na cidade de Aveiro, o 14º Aveiro Cup, que conta já com a presença garantida de 33 Clubes num total de 64 equipas o que o torna um dos maiores torneios realizados em Portugal.

Este torneio tem já confirmado a presença de quatro equipas de Espanha.
Os jogos vão desenrolar-se por 8 campos de futebol de relva natural e sintética, distribuídos pelos Concelhos de Aveiro, Albergaria e Estarreja numa maratona de 136 jogos.
O “Aveiro Cup” é uma organização da Associação Desportiva de Taboeira com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro e da Região de Turismo da Rota da Luz.
As inscrições já se encontram encerradas visto que todas as categorias estão preenchidas.

As categorias de idade são as seguintes:


Categoria C - Nascidos depois do 01/01/1992 - Futebol 11

Categoria D - Nascidos depois do 01/01/1994 - Futebol 7

Categoria D1 - Nascidos depois do 01/01/1995 - Futebol 7

Categoria E - Nascidos depois do 01/01/1996 - Futebol 7

Categoria E1 - Nascidos depois do 01/01/1997 - Futebol 7

Para outras informações: http://www.aveirocup.com

terça-feira, 15 de maio de 2007

Preparação Técnico-Táctica nas Camadas Jovens

Princípios de Treino:

Toda a programação terá como objectivo a evolução dos jovens em várias vertentes, começando na sua formação pessoal, terminando na formação técnico-táctica. Os métodos de treino beneficiarão a compreensão do jogo de Futebol, e daí a necessidade da aquisição de destrezas motoras num sentido bilateral, evitando a habitual unilateralidade dos jogadores (isto é, aprendendo a executar as acções técnicas com ambos os pés).
Dever-se-á também evitar favorecer uma especialização precoce dos jovens, dando-lhes oportunidades de experimentarem várias posições em campo, à excepção dos guarda-redes, cuja posição tem de ser obrigatoriamente especializada desde o início.


Delimitação dos conteúdos a abordar:

Tal como em qualquer acção pedagógica, devem-se estipular os conteúdos a abordar de forma programada e sequenciada. Assim, seguem-se alguns elementos que são essenciais para a formação dos jovens. Não se trata de uma planificação de treino, mas sim de conteúdos que não devem ser esquecidos aquando de uma planificação.

Acções Individuais:

- Passe / Recepção;
- Condução;
- Drible / Marcação / Desarme;
- Condução para Remate / Remate.

Acções Colectivas:

- Desmarcações;
- Combinações;
- Dobra / Compensações.


Sequencialização dos Conteúdos:

Nesta fase, deverão ser abordadas em primeiro lugar as acções técnico-tácticas individuais, passando posteriormente para as colectivas. A ordem a adoptada para a transmissão das mesmas, passará pela mesma ordem sequencial estipulada nos conteúdos a abordar, que poderá ser ajustada, caso se justifique, em benefício dos jovens. Não obstante, tanto os conteúdos como a sequencialização destes deverá sempre seguir as seguintes normativas:

- Dos exercícios simples para os exercícios complexos;
- Das execuções lentas para as execuções rápidas;
- Dos jogos reduzidos para o jogo formal.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Etapas a Percorrer no Ensino do Futebol

Desde o momento que se iniciam na prática do Futebol, até atingirem um nível de alto rendimento, os jovens devem (ou deveriam) passar por um processo de formação coerente em que haja uma progressão da aprendizagem distribuída por diferentes etapas, com objectivos, estratégias e conteúdos, adequados às suas diferentes fases de desenvolvimento.
Se pretendermos elevar o nível qualitativo dos nossos futebolistas, não podemos continuar a trabalhar ao acaso, assistindo à implementação dos mesmos conteúdos e dos mesmos métodos de treino quer se trate de atletas dos escalões de Infantis, Juvenis ou de Seniores.
O Futebol é um jogo que apresenta uma estrutura e um conjunto de situações demasiado complexas para os atletas mais jovens, nas suas primeiras fases de aprendizagem do jogo. Isto porque, como refere Garganta (2000), o jogador tem que, a um tempo, relacionar-se com a bola, e referenciar a sua situação no terreno de jogo, a posição dos colegas, dos adversários e das balizas.

Torna-se então fundamental criar no Futebol situações simples, que vão ao encontro das motivações dos praticantes, proporcionando-lhes formas simples, adaptadas às suas características e ao seu nível de desenvolvimento e que sejam facilitadoras de uma melhor aprendizagem do Futebol.

Podemos associar o ensino do Futebol a Um Processo de CONSTRUÇÃO. Assim, como na construção de uma casa começamos pelos alicerces, passando pelo soalho, as paredes, o telhado, etc., na “Construção” do jogador de Futebol, este vai paulatinamente integrar (por etapas) os diferentes elementos de jogo: Bola, Baliza, Adversário (s), Companheiro (s) e Equipa, por forma a que no final do seu processo de formação possa ter uma participação eficiente e eficaz na abordagem do jogo (formal).

O processo de formação de um jovem futebolista deverá então processar-se por objectivos de complexidade crescente de acordo com as seguintes etapas:

1ª Etapa – RELAÇÃO DO JOGADOR COM A BOLA (Eu e a Bola)

2ª Etapa – RELAÇÃO DO JOGADOR COM A BOLA E COM A BALIZA (Eu, a Bola e a Baliza)

3ª Etapa – RELAÇÃO DO JOGADOR COM A BOLA COM A BALIZA E COM O ADVERSÁRIO (O Duelo 1x1)

4ª Etapa – RELAÇÃO DO JOGADOR COM A BOLA, COM A BALIZA COM O COMPANHEIRO E COM O ADVERSÁRIO (O Jogo a 2)

5ª Etapa – RELAÇÃO DO JOGADOR COM A BOLA, COM A BALIZA COM OS COMPANHEIROS E COM OS ADVERSÁRIOS (O Jogo a 3)

6ª Etapa – RELAÇÃO DO JOGADOR COM A BOLA, COM A BALIZA COM OS ADVERSÁRIOS E COM A EQUIPA (O Jogo a 7)

Prof. Rui Pacheco

Futebol de 7 - Sistema Táctico: 3-2-1

Funcionamento:
Este sistema teve origem no 1-3-1-2, tendo como objectivo reforçar o meio campo, melhorando a distribuição do espaço e dos elementos nesse espaço de jogo.Assim, teremos 1 guarda-redes, 3 defesas, 2 médios centros e 1 avançado.Existem dois defesas laterais, podendo ter características ofensivas e defensivas, dependendo do nível físico-técnico-táctico dos alunos. O defesa central actua com grande sentido das coberturas, e dando início ao jogo de ataque.Dados que existem dois médios, um deles terá funções mais defensivas e o outro com funções mais ofensivas, jogando um ao lado do outro.O avançado deverá ter muita mobilidade, grande facilidade para desmarcações de apoio e de ruptura, bom nível para jogar de cabeça, boa velocidade e grande capacidade de remate.Este sistema oferece uma maior solidez defensiva ao permitir que os elementos estejam mais juntos no terreno de jogo. É mais semelhante com o futebol 11, com dois laterais que se incorporam no ataque, dois médios centros com funções muito parecidas ao futebol 11, e um avançado que joga mais isolado.

Vantagens:
Maior semelhança com o funcionamento táctico do futebol 11.
Melhor distribuição de espaços e elementos da equipa.
Melhora a eficácia defensiva.
Melhora a posse de bola pois não existem excessivas distâncias entre colegas.
Maior possibilidade de aproveitar espaços livres nos contra-ataques.

Desvantagens:
Em situação de ataque, podem existir poucas ajudas ao avançado se este sistema de jogo não estiver bem automatizado.
Exige um maior trabalho táctico para coordenar as acções colectivas.
Está mais vocacionado para utilizar em alunos de 10-11 anos pois exige uma maior capacidade de assimilação de conceitos tácticos.

in Bragafut

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Futebol de 7 - Sistema Táctico: 2-3-1

Funcionamento:
Este sistema teve a sua origem no 1-3-2-1, ao adiantar um dos defesas para a linha de meio campo. Tem também grandes afinidades com o futebol 11, especialmente em equipas de características mais ofensivas, ou perante equipas contrárias muito inferiores.Este sistema é uma boa aproximação para o 1-4-2-3-1 do futebol 11. Existe então, 1 guarda-redes, 2 defesas, 3 médios e 1 avançado.Os defesas são dois centrais, com muitas capacidades para as coberturas, muito rápidos, com qualidades técnicas para iniciar o jogo de ataque, fortes no jogo aéreo e eficazes nos desarmes.Os dois médios alas devem ser rápidos, com capacidades técnica e com facilidades de chegar à área contrária. O médio centro deverá ter todas as qualidades de um bom organizador de jogo e bom posicionamento táctico.o avançado deverá ser muito veloz, com capacidade de desmarcação, com qualidades para segurar a bola e possibilidade de fazer também trabalho defensivo.

Vantagens:
Grande semelhança ofensiva ao funcionamento do futebol 11, permitindo manter a posse de bola e fazer a progressão até à baliza contrária.
Maior agressividade defensiva pois permite pressionar com 4 jogadores o início do ataque da equipa contrária.
Maiores possibilidades de conseguir golo ao recuperar um grande número de bolas no campo contrário.

Desvantagens:
Demasiado espaço livre entre os defesas e o guarda-redes.
Exige um nível elevado de concentração pois necessita de uma grande intensidade de jogo. Um erro na pressão pode proporcionar facilmente um contra-ataque da equipa contrária com muitas possibilidades de golo, devido ao adiantamento das linhas de jogo ao tentar recuperar a bola.

in Bragafut

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Cuidados na Formação de Jovens Desportistas

Quando o assunto é preparar crianças e adolescentes no meio do futebol, a missão de um treinador não se restringe apenas a ensinar aspectos tácticos e técnicos. Por trabalhar com um material humano em plena fase de transformação, o Treinador precisa ter em mente, sobretudo nos momentos de cobrança, que está lidando com crianças, as quais ainda não estão preparadas para todos os obstáculos que terão pela frente.
E para tirar um melhor proveito desse momento da vida dos jovens, o técnico de futebol deve explorar principalmente o desenvolvimento motor de seus pupilos. Para isso, é necessário conhecer as condições de vida de cada um, as dificuldades e as facilidades que cada uma dessas crianças e adolescentes enfrentam.
Uma das “armas” mais importantes que um treinador precisa possuir é a paciência. Com clareza e simplicidade, ele deve sempre lembrar-se que está no papel central no processo de formação de atletas. Afinal, é raro identificar fora do desporto um número significativo de jovens que se submetem, de maneira voluntária, à autoridade de outra pessoa.
Por esses motivos, outra função natural assumida por um técnico de crianças e adolescentes é o de exemplo. Um acto impensado de um Treinador frente a essas crianças pode atrapalhar, e muito, o desenvolvimento de cada uma.

“De facto, eles lembrarão o que você fez muito tempo depois de terem esquecido o que você disse”, alerta Valdir J. Barbanti em seu livro “Formação de Esportistas”, que elucida todas as questões tratadas acima.
Ainda segundo o autor, existem basicamente dois enfoques referentes à capacidade de influenciar as pessoas. O positivo, que visa fortalecer acções desejáveis por meio da motivação, e o negativo, que consiste em eliminar comportamentos prejudiciais por meio de críticas e punições.
Comprovadamente, de acordo com Barbanti, o enfoque mais eficaz em relação aos jovens é o positivo. Uma simples recompensa, como um abraço ou aperto de mão, dada depois de uma acção positiva é fundamental no processo de aprendizagem. Afinal, crianças e jovens precisam saber que os erros acontecem. Mais que isso, não podem ter receio de agir. Eles necessitam ser encorajados sempre.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Erros comuns

O Treinador de futebol jovem enfrenta diversos problemas comuns…, mas todos podem ser evitados se lhes dedicarmos alguns pensamentos:

  • Instruções repetidas – Repetir as mesmas palavras e frases a uma criança confusa não as tornarão mais claras. Tente, em vez disso, formular questões tais como “ Porque pensas que a bola continua a passar acima da trave?” em vez de gritar “Remata a bola mais baixo!” a cada jogador.

  • Evite instruções complicadas – Se um exercício leva mais tempo a explicar do que a executar, será inútil. Explique o objectivo do exercício e dê aos jogadores a oportunidade de colocarem questões, se tiverem dúvidas.

  • Nunca insista num exercício que não funciona – Se o exercício está a correr mal e o caos se instala, é sempre melhor parar. Se continuar com um exercício em que se gerou a desordem, perderá a sua autoridade e o respeito dos jogadores. É melhor parar, passar a outro exercício e voltar à teoria.

  • Não se iluda – Não está a treinar o Brasil, a França ou a selecção Nacional. O futebol jovem não é o lugar adequado para demonstrar que é um génio táctico; o seu trabalho consiste em assegurar que as crianças apreciam o jogo.

  • Nunca perca a sua paixão pelo jogo – O entusiasmo é infeccioso e trará à superfície o melhor nos seus jogadores.

Familiaridade com a bola

Seria errado sugerir que a primeira tentativa de uma criança para pontapear uma bola exerce profunda influência no seu futuro no futebol, o que não significa que as primeiras experiências de uma criança neste jogo sejam insignificantes. A partir dos quatro anos, as crianças podem começar a aprender a correr correctamente, a posicionar o seu corpo para ir ao encontro de uma bola em movimento, como reagir a uma bola que salta ou rola e, mais importante, podem desenvolver uma opinião acerca do jogo.
Serão os pais, Professores e Treinadores que irão determinar se essa opinião será positiva ou negativa.

A paciência é uma qualidade essencial que qualquer treinador desportivo deve possuir, mas isto assume particular importância para os treinadores que trabalham com jogadores de futebol jovem. Contrariamente ao que alguns tradicionalistas possam pensar, pontapear uma bola não é a primeira coisa que se deve tentar ensinar a alguém que aspire a ser um jogador…As crianças devem primeiro adquirir familiaridade com a bola, ao mesmo tempo que desenvolvem os seus movimentos e a sua coordenação. Uma vez que a criança tenha dominado estas capacidades, poderá então, começar a aprender a arte de pontapear uma bola correctamente.

É importante que a habilidade com a bola seja desenvolvida desde tenra idade, mas isto não significa que as crianças se devam esforçar para aperfeiçoar uma “mudança de direcção à Cruyff” com a idade de quatro anos. Jogos simples, tais como atirar e agarrar uma bola leve, ajudam a ensinar às crianças o modo como uma bola reage de acordo com vários factores, e fornecerão valiosas bases para um desenvolvimento futuro.

Vencedor Torneio Pombal - Escolas B1 da A.D. Taboeira

A equipa de Escolas B1 da Associação Desportiva de Taboeira conquistou o Torneio Triangular do 1º de Maio do SC Pombal.
Depois de conquistar o Taboeira Cup, agora foi em Pombal, com uma vitória sobre o SC Pombal por 6-3 e uma vitória sobre o Touring de Mira por 9-1, o Taboeira conquistou o 1º lugar e o Melhor Marcador por Ricardo Torres com 6 golos.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Sistemas Tácticos no Futebol de 7

No mundo do futebol é bastante debatida a questão da utilização de sistemas tácticos de jogo nos escalões de formação, sendo um dos aspectos mais importantes qual o sistema táctico para cada um dos escalões.
É fundamental que os atletas percebam que o futebol é um jogo de conjunto, em que todos os companheiros têm de saber o que fazer em cada momento do jogo, defendendo ou atacando, sendo possuidor da bola ou não.
O futebol 7 deve ser entendido como um banco de provas e duma formação mais completa, quase integral, que permita dotar cada jogador de uma ampla gama de conhecimentos técnico-tácticos e físico-psíquicos, que dificilmente vão conseguir no futebol 11.
Deve-se aproveitar os jogos para conseguir que os jogadores aprendam a desenvolver-se em posições diferentes de forma a complementar a suas carências de forma a compreender melhor as características de uma determinada posição. Porque não colocar um jogador ofensivo como defesa para melhorar a sua capacidade de sacrifício, de marcação e recuperação da bola? Porque não adiantar um defesa a zonas de ataque de forma a obrigá-lo a decidir em pouco espaço e tempo, dando a possibilidade de finalizar os ataques?
Quando estes jogadores passarem ao futebol 11 vão ter certamente uma versatilidade em termos futebolísticos superior a outros jogadores que apenas se especializaram numa determinada posição. É muito importante ter jogadores que saibam atacar e defender com qualidade, pois o futebol é ataque e defesa, e quantos mais jogadores tenhamos em campo que saibam trabalhar as duas situações maior é a possibilidade de ganhar jogos.

in BragaFut

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Proposta para alteração do campeonato na 2ª fase, Infantis A

Sabendo que actualmente existem 66 equipas a disputar o campeonato distrital de Aveiro de Infantis A em dez séries, da série A até à série J, sugeria que fizessem uma pequena alteração para a segunda fase, que até mesmo poderia servir de exemplo para futuros campeonatos de futebol de 7.
Esta alteração, no meu ponto de vista, visa melhorar a formação futebolística e suas componentes em geral, equilibrando assim a competitividade entre equipas e dando a possibilidade de as mesmas conhecerem outras formações.

Passo a citar:

Actualmente utilizado:

1ª Fase

Série A - 7 Equipas
Série B - 7 Equipas
Série C - 7 Equipas
Série D - 6 Equipas
Série E - 7 Equipas
Série F - 7 Equipas
Série G - 6 Equipas
Série H - 6 Equipas
Série I - 6 Equipas
Série J - 7 Equipas

2ª Fase

Série Primeiros - 10 Equipas
Série Últimos A - 8 Equipas
Série Últimos B - 8 Equipas
Série Últimos C - 8 Equipas
Série Últimos D - 8 Equipas
Série Últimos E - 8 Equipas
Série Últimos F - 8 Equipas
Série Últimos G - 8 Equipas

Proposto:

1ª Fase

Série A - 7 Equipas
Série B - 7 Equipas
Série C - 7 Equipas
Série D - 6 Equipas
Série E - 7 Equipas
Série F - 7 Equipas
Série G - 6 Equipas
Série H - 6 Equipas
Série I - 6 Equipas
Série J - 7 Equipas

2ª Fase

Série Primeiros - 10 Equipas
Série Segundos - 10 Equipas
Série A - 9 Equipas
Série B - 8 Equipas
Série C - 9 Equipas
Série Últimos - A Norte - 10 Equipas
Série Últimos - B Sul - 10 Equipas


Explicação de alteração:

a) A série dos Primeiros continua a ser disputada pelos primeiros apurados de cada série da primeira fase, afim de encontrar o campeão distrital.

b) A série dos Segundos será disputada pelos segundos apurados de cada série da primeira fase, isto porque muitas vezes encontramos duas equipas que acabam com os mesmos pontos sendo apenas apuradas pela diferença de golos. Desta forma equilibram a competitividade entre as equipas e valorizam o seu trabalho feito durante a primeira fase, evitando ainda que defrontem equipas com mais dificuldades, nomeadamente as últimas classificadas.

c) As Séries A, B e C, séries intermédias, serão disputadas por equipas com o mesmo grau de competição, podendo o seu sorteio definir zona Norte, Centro e Sul.

d) As séries Últimos A e B, serão disputadas pelas duas últimas equipas classificadas de cada série da primeira fase, dividindo assim em zona Norte e Sul. Desta forma equilibra-se a competitividade entre as equipas que apresentaram muitas dificuldades na conquista de pontos na primeira fase e fazendo com que as mesmas tenham um melhor desenvolvimento desportivo e psicológico.

Justificação:
Conforme anteriormente descrito parece-me que de uma forma geral valoriza, equilibra e desenvolve todos os aspectos gerais da formação de um jovem futebolista, nomeadamente dentro dos escalões do Futebol de 7. Em muitos casos, senão os maiores, existem grandes desníveis na competitividade entre várias equipas, salvaguardando assim aspectos muito importantes como os factores psicológicos, ambicionais, desportivos e emotivos, quer dos atletas quer dos próprios clubes.
Daria ainda a oportunidade de muitas equipas puderem conhecer outras formações, visto que muitas vezes não saem da mesma zona ou série.

Futebol 7 Vs Futebol 11

As vantagens do Futebol 7 são bastantes quando comparadas com o Futebol 11.
Começando pelas de ordem psicológica o jogo de 7 é mais motivante para os jovens pois estes contactam mais vezes com a bola e por consequência participam em mais acções do jogo, assim como é mais fácil de obter ou criar situações de golo. Já no jogo de 11 os jovens tem menos contacto com a bola e os mais fracos e menos habilidosos raramente lhe tocam. Também no futebol de 7 se consegue uma melhor capacidade de concentração no jogo quando comparado com o futebol de 11.
No que se refere aos aspectos físicos, o futebol de 7 está mais adaptado as capacidades motoras e fisiológicas dos jovens, pois favorece o desenvolvimento da velocidade, ao contrário do futebol de 11 que obriga a ter mais força para poder fazer passes longos e obriga a grandes sprints (50m) que são desajustados às capacidades fisiológicas dos jovens.No que se refere aos aspectos técnico-tácticos ou táctico-técnicos o futebol de 7 permite como já referi maior contacto com a bola, assim como uma melhor execução dos diferentes gestos técnicos ao contrário do futebol de 11 em que o jovem contacta pouco com a bola e em que o seu maior adversário não é o jogo mas sim as dimensões do campo. O jogo de 7 proporciona grande mudança entre acções defensivas e ofensivas, polivalência de funções, situações de jogo em equipa enquanto o jogo de 11 proporciona poucas mudanças entre acções de defesa e de ataque (principalmente quando há equipas mais fracas, em que quase só se defende e na equipa mais forte só se ataca), o jogo de 11 promove também uma especialização precoce na posição do campo e a grande distância entre os jogadores dificulta o jogo em equipa.
Esta é a minha opinião contudo aceito e gostava que partilhassem a vossa.