sexta-feira, 18 de setembro de 2009

VITÓRIAS NEM SEMPRE SÃO O MAIS IMPORTANTE

Cada vez mais, a competição é algo inerente ao desporto de alto rendimento. E isso não se limita aos profissionais, que têm o quotidiano regrado a partir da actividade física. Para os jovens (sobretudo os que vêem o desporto como hipótese de mudar de vida), trabalho árduo e vitórias são coisas fundamentais para o crescimento.

Contudo, essas não devem ser as únicas directrizes de um treinador. O trabalho ideal deve-se preocupar com a inserção dos atletas no mundo em que vivem e com a transmissão de aprendizados que não se limitem às doutrinas do desporto.

“O fenómeno social do desporto, para ser transformado numa actividade de interesse real a todos os participantes, deve ser compreendido numa visão polissémica, com a visualização de componentes sociais que influenciam as acções sociais e culturais no âmbito desportivo e questionar o verdadeiro sentido do desporto a partir de uma visão crítica”, explicou Kunz.

A transmissão de uma visão crítica depende do carácter pedagógico incutido no trabalho do treinador, sobretudo nas categorias de base. Para que essa prática seja eficiente, é importante que o desporto seja visto como um modelo de evolução e não apenas como meio de fortalecer o nome do clube com vitórias e títulos.
“Teremos sempre como objectivo principal o ensino do futebol voltado à questão do esclarecimento aos que neles se inserem, procurando desta forma contribuir para a ampliação da percepção e entendimento deste campo social”, completou Kunz.

Existem três pontos fundamentais para fomentar a compreensão de mundo para os jovens atletas. É fundamental que os técnicos dêem atenção à interpretação que os atletas fazem do mundo em que vivem, a percepção da representatividade social do jogador e a compreensão acerca do futebol como fenómeno social.

Isso não significa a negação do futebol como um desporto de competição, mas a compreensão de que essa prática faz parte da cultura social do país e que, como qualquer outra manifestação cultural, precisa ser compreendido num universo cheio de particularidades.

Algumas crianças vivem o futebol como uma ilusão de mudança no seu quotidiano e como a oportunidade única de mudarem a dura rotina de suas vidas. Portanto, cabe ao treinador não se colocar como uma figura arbitrária e não abusar do excesso de vontade dos jovens. Em vez disso, ele deve usar essa disposição para ensiná-los e transmitir conhecimentos que não se limitem ao campo.

Fonte: KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física - Futebol. Editora Unijuí, 2003.

4 comentários:

Pedro Barbosa disse...

Muito bom :)

Acompanho regularmente o seu blog. Espero que possa visitar o meu também.

Um grande abraço.

Anónimo disse...

Boa noite. Gostaria de divulgar para os potencias interessados neste blog, um vídeo exemplificativo sobre os cursos de técnica individual para jovens jogadores de futebol da Academia de futebol Superball em Portugal.

http://www.youtube.com/watch?v=Du6Vd9auTOQ

Americo disse...

AMERICO LEITE
Só deve jogar futebol quem tiver prazer em jogar futebol. Futebol é um jogo colectivo, é um jogo de grupo onde o jogador deve acrescentar o seu talento sem pôr em causa o grupo. O mais importante é o jogador jogar com a cabeça erguida e não com o rabo entre as pernas. Um desportista só deve praticar o desporto que lhe dá prazer e não praticar (neste caso) futebol por descargo de consciência.

Anónimo disse...

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